7 de agosto de 2008

É preciso jogo de cintura contra golpes baixos

Ainda nem sequer há dois meses sou Directora de uma revista e já começo a sentir na pele o que é enfrentar concorrência desleal e atitudes do mais baixo que pode haver da parte do meu "antagonista", designando-se também ele jornalista...

Esse "antagonista" é daquele tipo de "profissionais" que gosta de sobreviver, não trabalhando para melhorar o seu produto, mas maquinando formas de lixar o trabalho da concorrência (que sou eu).
Ou seja, gosta de emergir causando a desgraça alheia e não trabalhando a bem dos leitores.
E, reconheçamos, é bem mais fácil fazer isso - foder os outros.

No caso, eu represento sangue fresco e as ideias brotam-me (por enquanto) em catadupa. É natural acontecer isso no início, quando (ainda) estamos entusiasmados com a mudança. Do outro lado, a concorrência estremece, o que também é natural.

O mercado em que trabalho sofre, por tabela, da crise em que o país vive mergulhado, com a agravante de ser uma actividade marginalizada (graças a desinformação) e de não ter suporte legal, permanentemente adiado...

Tenho conquistado algumas vitórias sobre a concorrência nas últimas semanas e isso fez despertar o "monstro" que resolveu agora "pegar pesado" e aplicar a "política de terra queimada". Que quero dizer com isto?

Vou tentar narrar este caso em específico, sem entrar em grandes detalhes para não desmascarar a situação, a ver se e compreendem.
Eu consegui assegurar o exclusivo de dois "objectos" de reportagem junto dos respectivos proprietários e profissionais que os executaram, duas estreias prontas a apresentar ao público. Pela qualidade seriam destaque principal na capa.

Ora decorreu entretanto um evento, organizado pela concorrência, onde esses "objectos" marcaram presença. Assegurei-me, na véspera do evento, que não haveria riscos de perder essas reportagens para a concorrência, contactando mais uma vez os proprietários, pois saberia que mal os visse a outra revista cairia-lhes em cima. Eles garantiram-me que não haveria problema.

Mas houve. Durante o evento, fui contactada por eles pois a pressão que sofriam para cederem era imensa. Sosseguei-os e consegui mantê-los leais. Tinha destinado para ambos os "objectos" as capas de Agosto e Setembro, com produções à altura.

Esta atitude deixou o Director da revista concorrente completamente irado - "como ousaram? no meu território?" praguejou ele como um déspota decadente.

Uma das reportagens, a capa de Agosto, fi-la passado uma semana, numa produção fotográfica criteriosamente preparada, realizada numa quinta minhota, contando com uma manequim como "a cereja no topo do bolo". Tudo correu às mil maravilhas. A capa está pronta a sair nas bancas, esta sexta ou sábado.

Entretanto foi hoje publicada a revista concorrente. E na capa deles está, nada mais nada menos, do que estampado o meu outro "objecto", o que faria a minha capa de Setembro - "COMO SE ATREVERAM?" Fiquei possessa!

Fui contactada pelo preparador que fez o trabalho do "objecto" que saiu na concorrência, que ainda estava confuso e perdido em triteza: "eu não sei o que aconteceu!", só me dizia. Para além de me ter falhado na palavra, involuntariamente, também via o mérito do seu trabalho ser completamente ignorado num artigo, dito, jornalístico...

O que aconteceu é que o dito "objecto" em causa foi fotografado pela concorrência à revelia do proprietário, aproveitando-se que o mesmo deu entrada num oficina de um amigo do director dessa revista.
As fotos foram feitas no interior da oficina, como se tivesse sido feito às escondidas. O carro ficou com as cores todas queimadas, e com uma montagem de cenário manhosa. Mesmo assim foi colocado na capa!! Numa publicação que se prezava, segundo afirmava com arrogância, de ter como lema a qualidade e o arrojo na imagem...

O proprietário do dito "objecto" não foi tido nem achado na realização dessa reportagem, quanto mais autorizado que a mesma fosse feita. O respectivo texto foi escrito cheio de não-verdades que atribuem o mérito do trabalho do verdadeiro autor da obra ao dono da oficina que foi cúmplice da realização dessa reportagem "marginal"...

Agora digam-me lá se isto não é baixo demais? Se não viola o código deontológico da profissão e até de direito de propriedade!

Felizmente nunca hei-de responder na memsa moeda, não preciso, tenho valor. Mas que não vou ficar parada, também é verdade. hei-de ajudar os visados a tornar este caso público para desmascarar esta situação.

É mais f´cil apanhar um incompetente que um coxo...

1 comentário:

Jorge Rita disse...

O coxo corre melhor...porque não é cego.