21 de novembro de 2008

Centro de Braga - II

Quando estou com pressa estaciono o carro no parque por baixo da cidade, na arcádia. A saída do parque pela avenida está cortado (estou mesmo curiosa para saber que raio fazem lá. Será que a vão cortar parcialmente ao trânsito?). Agora a saída é feita para a via rápida, de quem vem da auto-estrada ou da estação de comboios, o que implica atravessar substerranemanete a cidade por um labirinto de tuneis.

Não conhecia o percurso mas fiquei abananada com a quantidade de tuneis/estacionamentos que foram construídos por baixo da cidade (só os estacionamentos devem sustentar orçamento anual da câmara!). Agora percebo porque a maior parte do espólio das ruinas romanas encontradas em Braga foi destruída... Em detrimento do título de cidade mais romana da Península Ibérica, sustenta-se a câmara com tickets de estacionamento...

Ao mesmo tempo que atravesso a cidade pelas suas "catacumbas" não deixa de me assolar algum pânico por saber que estou no andar negativo de uma cidade com mais de 2000 anos de história de enterros e desenterros das suas entranhas, readaptando-se ao longo dos tempos e das suas necessidade. Braga nunca teve "épocas mortas" na sua história. Sempre fervilhou. Dá-me sempre a sensação que aqueles tuneis vão desabar sobre a minha cabeça, como se não aguentassem esse peso.

Fico sempre aliviada quando, enfim, vejo luz.

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