29 de outubro de 2008

Ponho uma fezada no Obama

O mundo anseia por Obama e, na minha humilde opinião, penso que tem legitimidade para tal. Cheguei a pensar que Obama não passaria de um crachá, porque há muito trabalho de imagem à volta dele - os slogans, as analogias a Martin Luther King, o facto de lhe chamarem o Messias dos tempos modernos... - tudo isto me fez ficar de pé atrás, pensando eu que Obama era mais um produto de cosmética, um pacote atraente sem conteúdo, do que realmente The Man.

Mas eu quero tanto acreditar que Barak Obama é o homem certo que vem na altura certa.... E depois de Bush, o mundo merece mesmo que Obama seja precisamente como o pintam. Eu acredito nessa essência dele. Um gajo que é filho de pais quenianos, nasceu no Havai e cresceu na Indonésia tem forçosamente que ter a mente aberta, virada para a humanidade, para a compreensão e consciência global; não tem nada a ver com uma mente imperialista e conservadora, perigosamente belicista, nascida numa qualquer enfadonha cidade perdida no Texas, onde se lincham homossexuais e se condena à morte por roubar um abre latas...

Quando ouvi na tv que Obama interrompeu a campanha para ir ao Havai visitar a avó doente pensei "Pronto, lá vem o velho truque das lamechices familiares para apelar à comoção". Regressou ao continente e dois dias depois voltou ao Havai porque a sua avó tinha piorado. Isto sim, espantou-me. Depois soube-se que Barak não queria repetir com a avó o que acontecera com a mãe: ela ficou doente e entretanto morreu sem que ele a tivesse visitado, algo que o marcou profundamente. Achei esta atitude profundamente humana e autentica.

Depois Obama parece-me muito bem casado, com uma mulher da sua estirpe, alguém que não tem papas na língua, capaz de dizer em público "pela primeira vez na vida, desde que me dou por adulta, tenho orgulho do meu país", uma frase impensável ouvir-se da boca de uma esposa de um candidato. Ela é pro-activa, cumpre uma agenda de campanha distinta da do marido e ainda possui uma carreira distinta, como directora de um serviçlo hospitalar em Washington. Não... Esta não server apenas para enfeitar o marido no palco...

É óbvio que é cedo para tirar juizos de valor sobre Obama, pois o meu receio é que, se ganhar, ele deixe de fazer ouvir a sua voz, os seus pensamentos e ideais, para dizer aos americanos aquilo que eles querem ouvir, ou o que os seus conselheiros escrevem... Mas se não o faz durante a campanha, não depois de ter ganho que começará a fazê-lo, verdade?

Obama é o homem certo para trazer nova esperança ao mundo, pois será presidente da maior potência mundial, a mais temida e a que está no cerne desta crise global... Um líder humanista, capaz de passar uma mensagem de positivismo, é o primeiro passo para devolver ao mundo fé e crença num futuro melhor.

Mas tudo isto só acontecerá se o povo souber votar.... Costuma-se dizer que cada país tem o líder que merece... Os dois últimos mandatos de Bush provaram isso...

2 comentários:

Jorge Rita disse...

Ó Flávia sabes o que é que me ficou deste texto todo??
1º Tu és feminista convicta! A tipica mulher independente!("Obama parece-me muito bem casado, com uma mulher da sua estirpe, alguém que não tem papas na língua. Ela é pro-activa, e ainda possui uma carreira distinta,)
2º Tu devias escrever discursos de campanha.Depois disto eu votava Obama!
Sabes uma coisa?? eu não tenho a tua fé porque a Flávia não vai assessorar o Obama e quem realmente governa o País são os assesssores.

Anónimo disse...

Olha Jorge, ainda bem q eu n assessorio o gajo porque este texto está cheio de gralhas e expressões repetidas por n o ter revisto :D

Feminista eu? às vezes até me acho machista! Mas uma machista q se sustenta a si própria :D