É jovem, é giro e tem estilo. Nem parece um escritor! Não tem pinta disso! Estamos habituados a eles de meia idade, mais velhos até, cinzentões, com aspecto de professores do segundo ciclo tipo o Saramago (que me faz lembrar muito um professor de matemática do 8º ano a quem chamávamos o "pincel" - mas nem por isso deixo de idolatrar a escrita dele). É que os escritores podem ter um ar bafiento pois o que as pessoas querem deles é livros, não precisam de parecer estrelas pop. Mas o José Luís Peixoto tem pinta realmente. Será que a escrita dele também tem? Será pop? Não me parece, senão não se falaria tanto dele como o último grande talento da literatura portuguesa.Para satisfazer finalmente a minha longa curiosidade em relação à sua narrativa fui domingo à Bertrand, convicta de que traria para casa o Cemitério de Pianos - livro aliás que peguei, manuseei, cheirei, li a chamada na contra-capa mas que não comprei, na última Feira do Livro de Braga - como eu me arrependo disso!!
Mais me arrependi ainda no domingo, pois a Bertrand, para além de não possuir o Cemitério de Pianos, não tinha sequer à venda qualquer título do JLP! Deviam ter visto a expressão de desconforto da funcionária perante tal realidade...
Bem, dali não queria sair de mãos a abanar, até porque não consigo passar um dia na praia sem um livro à mão! Voltei ao início da loja e peguei num exemplar que à entrada me tinha chamado a atenção: A Lua Pode Esperar, de Gonçalo Cadilhe. Para além de ter sido escrito por um jornalista (costumo apreciar muito a escrita literária de jornalistas) o livro narra algumas das (des)aventuras vividas por este em algumas viagens. Ora em tempo de férias, nada como "viajar" quase de graça; levantar voo sem tirar os pés da areia. (já repararam que também nunca li Cadilhe...)
Quanto ao JLP: meu menino, não me escapas! Não penses que desisti de te encontrar. E se nos casarmos escuso de mudar de sobrenome porque já o partilhamos! ;-)
http://www.joseluispeixoto.net/








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