13 de fevereiro de 2010

Nodar Kumaritashvili

Ainda há coisas dificeis de explicar. Ainda há coisas que acontecem e perguntamos 'porquê? ou 'como é possivel?' sabendo que não teremos resposta.

vi a notícia ontem mas uma pessoa precisa sempre de uma noite de sono para aceitar estas coisas da vida

Há coisas a que sou profundamente sensivel e me deixam abalada. as mortes. mortes em directo. mortes em directo de atletas de alta competição. e em exercício. sempre tão jovens... dasss... 21 anos...

eu andei 5 dias a chorar a morte do feher e durante meses custava-me falar da coisa. é óbvio que não eramos familiares, o tipo nem sabia da minha existência, mas eu era fã dele, acreditava no talento dele, que ainda daria muito ao clube e gostava da personalidade discreta e persistente dele. e nunca tinha visto ninguém a morrer-me à frente...

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E já que falo desse tema sempre tão simpático e alto-astral como a morte, já ontem tinha ficado KO com o suicício do génio da moda Alexander McQueen... e eu que tinha gasto um elaborado post a 'desancar' os estratosféricos sapatos dele... não é um acto de contrição mas a verdade é que o acho(achava.. dass...) verdadeiramente revolucionário e era fã desse espírito. O gajo matou-se porque não aguentou o peso da perda da mãe, que faleceu uma semana antes.

E estas merdas fazem-me pensar: o gajo estava no auge, era brilhante, tinha sucesso, fama, dinheiro e uma carreira explendida ainda pela frente, com muito mais para conquistar e ele saberia que nada o deteria porque tinha o que era preciso - génio. Mas afinal parece que nada disso lhe importaria. Tudo se resumia, afinal, à existência de uma só pessoa. Toda a inspiração, força vital, todo o seu universo concentrado na figura da mãe. Como ela desapareceu com certeza ele sentiu que o seu mundo, a razão de existir esfomaram-se...

eu fico mesmo parva com merdas destas.

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