Eu pensei que vivêssemos numa sociedade suficientemente esclarecida e tolerante para nos aceitarmos uns aos outros, como outros nos aceitam a nós... Pensei inclusive que o tom de pele não fosse factor de nenhum tipo de diferenciação, e que exemplos destes não passassem de mera triste lembrança para ilustrar a ignorância humana.
Custa-me saber que ainda acontecem, a "céu aberto" e, pior ainda, que contam com a cumplicidade das autoridades! Aconteceu na minha cidade. Mas que interessa o local? - comportamentos destes têm que ser erradicados de qualquer ponto do planeta!
Custa-me saber que ainda acontecem, a "céu aberto" e, pior ainda, que contam com a cumplicidade das autoridades! Aconteceu na minha cidade. Mas que interessa o local? - comportamentos destes têm que ser erradicados de qualquer ponto do planeta!
Braga: Guineense denuncia acto racista em pleno centro da cidade
O racismo é crime! Porém, ainda há quem o cometa, de forma gratuita e com total impunidade. Em pleno centro de Braga, uma mãe viu o seu filho ser "arrancado" do baloiço onde brincava, porque o pai de outra criança achou que o seu rebento tinha "mais direitos" que o outro. Por uma questão de pigmentação. Da pele. Djariatú Mané ficou confusa, ofendida e revoltada, porque em parte os insultos racistas e agressões "foram presenciados por dois agentes da PSP, de forma relutante", diz a queixosa. A queixa só foi formalizada 18 dias após as ocorrências.
Djariatú Fatú Lopes Mané estava com o filho Rui, de três anos, num parque infantil em pleno centro de Braga, em frente à igreja dos Congregados. Vigiando as brincadeiras do petiz, alarmou-se quando os pais de outra criança forçaram o Rui a sair do baloiço, para que o filho deles ocupasse o equipamento. "Vi o meu filho a ser arrancado pelo senhor, caindo no chão com o lábio superior a sangrar. Corri em auxílio, perguntando o porquê de tal barbaridade. Ele respondeu "O meu filho está no seu país e tem todo o direito de estar no baloiço que o seu filho está a ocupar indevidamente".
Djariatú ficou mais perplexa quando a mãe e a avó da outra criança embarcaram no insulto. "Chamaram-me preta, macaca e prosseguiram 'Vai para a tua terra. Estás em Portugal atrás de comida. Em África passavas fome e vivias no mato'", diz a guineense.
Djariatú, após ter apodado de "racistas" os agressores, tentou captar as atenções dos transeuntes e de agentes que passavam num carro-patrulha. "Vendo a minha reacção, o agressor, André B., empurrou-me e deu-me ordens para estar calada, enquanto a sua mulher e a sogra me insultavam".
O desespero de Djariatú aumentou quando viu o alegado agressor prosseguir nos seus intentos "apesar de agarrado pelos polícias". "O homem tentou agredir-me de novo. Soltou-se dos polícias, empurrando-os e, mostrando-se arrogante, disse que era militar e que não podia ser preso", relata a vítima.
Queria apresentar queixa, mas "os polícias mandaram-me calar, aconselhando-me a ir embora. Deixaram partir os agressores sem sequer pedir a identificação. Decidi ficar junto dos polícias até que fizessem alguma coisa. Não agiam e liguei à minha mãe, que veio em meu auxílio", prossegue Djariatú. Foi então que a vítima, acompanhada da mãe e do irmão, foi no encalço dos alegados agressores. "Quando os vimos, a minha mãe pediu-lhes satisfações. O homem respondeu 'Está calada, sua preta'. Então chamámos, novamente, a Polícia, que, já no local, voltou a assistir aos insultos e a nova tentativa de agressão. Só então identificou os agressores ", explica Djariatú.
Decidida a formalizar a queixa, foi ao comando da PSP, na Rua dos Falcões. "Quando ia apresentar a queixa, já com outro agente, disseram-me que a identificação dos agressores não constava no registo. Este polícia pediu que voltássemos no dia seguinte, pois então já teria na sua posse o relatório dos factos, redigido pelos colegas. Disseram-me para aguardar em casa a chegada da intimação para depor". Só que os dias passaram e o correio não trazia novidades, até que decidiu ir novamente ao comando da PSP, onde finalmente viu lavrada a queixa. 18 dias depois. Fonte JN por Pedro Vila-Chã
1 comentário:
Racismo há em todo o lado, e em Portugal apesar deste acontecimento não acho que haja muito, mas uma coisa que existe bastante em Portugal e o esteriotipo sobre os pretos , africanos, pessoas de cor.As pessoas pensam que os pretos são todos iguais, e são capazes de descarregar o odio numa raça inteira porque foram assaltados por um grupo de pretos em Lisboa, ou em qualquer lado; ou então porque tenhem um familiar que foi assasinado por um preto qualquer em qualquer lado do mundo, :) (N TEM GRAÇA MAS APETECEU ME METER O SMILE. Pensa um ucraniano matou uma pessoa se calhar os familiares dessa pessoa que foi assasinada iriam pensar mal dos ucranianos, e se fosse um preto???As pessoas iriam fazer cm a maior parte das pessoas iriam esteriotipar ter uma má imagem dos pretos em geral,por causa de um preto, as pessoas n se interessam eu sou preto mas sou Português ele e preto mas e angolano ela e preta mas e americana , mas os familiares dessa pessoa não iriam querer saber pq são todos PRETOS n interessa, mesmo que o preto que tenha assasinado o seu ente querido fosse um preto jamaicano eles n iriam querer saber pq e PRETO, :) AS PESSOAS PENSAM QUE OS PRETOS SE CONHECEM TODOS OU QUE SÃO UMA GRANDE FAMILIA.Será que esta frase aqui em baixo faz algum sentido.
"Um homem não se representa a si mesmo, mas sim a uma raça." Richard Nathaniel Wright
Discordo completamente desta frase
PEACE***
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