24 de outubro de 2007

"A Guerra...

... existiu e é para ser mostrada", li num título de uma notícia escrita sobre o documentário realizado por Joaquim Furtado sobre a Guerra Colonial. Aguardava com ansiedade a sua estreia na terça-feira da semana passada. Também não perdi a discussão nos "Prós e Contras", de Fátima Campos Ferreira, na véspera da estreia e, tal como o previsto, fui uma dos três milhões de telespectadores que terão assistido ao episódio 1 deste soberbo documentário.

É fácil deduzir-se que é um assunto fascinante para mim. Já li vários livros sobre o tema e vi os poucos filmes tugas que o abordam. Nunca me foi indiferente este "silêncio" social - NACIONAL - que parecia persistir sobre a temática. Evidentemente, uma ferida ainda bastante aberta. Por isso acho que Portugal - o Estado, a sociedade e os directamente envolvidos e afectados pelo conflito nas suas várias frentes - começaram agora a fazer as pazes com a história e com o seu passado. Era um passo necessário. Além do mais acho que a minha geração, as mais jovens (e até as mais velhas) têm o direito de saber o que aconteceu, sem véus, nem intimidações, nem noções de bondade e maldade.

Vi os dois episódios e o documentário é de tal forma leal para com o telespectador que tenho a certeza que ajudará definitivamente a exorcizar certos fantasmas e até a derrubar alguns preconceitos, impulsionando, quem sabe, uma maior aproximação entre os países envolvidos na guerra.

Se não for tão longe, pelo menos o papel altamente pedagógico ninguém lhe tira!

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