De há mais de um mês para cá o trabalho tem sufocado os meus dias e até as noites (sim, até sonho c/ ele...). Intensificou-se caoticamente primeiro, por um atraso no calendário da paginação de todas as revistas da editora; segundo, a administração da editora resolveu, "à última hora", colocar em marcha uma mudança radical em duas das revistas (incluindo a minha) que complicou ainda mais o trabalho de toda a equipa. O resultado disto é que tenho trabalhado todos os dias até às 3:00 da matina e há quase um mês que não sei o que é gozar um fim-de-semana. Como é que se aguenta viver assim em cima da corda, sem rede? Ah, só de pensar que mais uma semana e mergulharei nas merecidas férias sinto-me logo a levitar...
Nas poucas brechas que encontro entre o trabalho dou por mim a fazer planos... (ainda que sejam umas férias parciais e à "pobre", já que terei que trabalhar em alguns fins-de-semana e preparar material editorial para quando regressarmos ao trabalho haver conteúdo para paginar; e já não falo do facto de não ter direito a subsídio...). Mas dizia eu que fantasio muito com as minhas potenciais férias. E quando lá chegar não vou perdoar - ESQUEÇAM QUE EXISTO! Tenho amigos para rever, conversas para pôr em dia, viagens por fazer ("ir para fora cá dentro", já que não dá para mais), a praia à minha espera (que a minha brancura daria fama a qualquer lixívia) e tratar da minha saúde (dermatologiasta, dentista, etc...). Mas se calhar também algum trabalho como freelancer... ;-).
Entretanto vou destressando com a minha terapeuta de serviço - a bicicleta - que quase todas as noites me ajuda a esvaziar a mente, endurecer os tecidos e a a dizer a mim própria que me adoro, que a vida é um dom e que a felicidade não é assim tão difícil de alcançar! (pelo menos alguns fragmentos dela).
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