Ontem passei o dia deprimida, com um nó na garganta e não foi por nada que me dissesse directamente respeito. Mas a verdade é que a morte de António Puerta, o jogador do Sevilha de 22 anos que morreu ontem após sucessivas paragens cardíacas que começaram no passado domingo, em campo, mais os monstruosos incêndios que consomem a Grécia me deitaram abaixo... São ambos episódios tristes e cinzentos, mas que principalmente me trazem à memória outros mais próximos, com uma amarga sensação de dejá-vu.


O Puerta fez-me lembrar muito a morte do Féher. Já lá vão quase quatro anos (tantos!) mas parece-me que foi há um ou nem tanto - as imagens daquele fatídico dia continuam muito frescas e presentes na memória. Já a calamidade vivida na Grécia parece tirada a papel químico dos horrendos verões de 2003 e 2005 em Portugal: os fogos incontroláveis, a escassez de meios, a ajuda possível dos populares a salvar as suas casas, o desespero de quem perde tudo, as mortes, a ajuda internacional, a suspeita de fogo posto por interesses imobiliários, o dominío do assunto nos média, as imagens de fumo vista de satélite... Pensei que o que se tinha passado em Portugal tivesse, não só servido de exemplo ao nosso país, como a outros.

Para complicar o dia vi as russas a roubarem a prata à Naide de uma maneira que, até me deu vontade de andar com elas á chapada. Parecia um complô! Mas a verdade é que se a Naide tivesse atingido o seu melhor com o último salto a história teria sido bem diferente e então estaria aqui a falar de uma deusa negra que tinha conseguido esmagar a armada de guerreiras russas.

Como ela própria disse no final:
"Paciência, fica para a próxima".
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