Hoje senti...

... ainda que por milésimos de segundo, um pouco do que foi o 25de Abril de 1974.

Atão não é que, em pleno 2009, numa via rápida que mais parece uma auto-estrada, vejo vir em sentido contrário, lá ao longe, duas longas colunas de veículos nas duas vias? E de repente, com o aproximar das colunas, que vinham em marcha lenta, dou por mim a pensar no meu português oral mais erudito "Isto são carros da tropa...". Eram sim blindados do exército, iguazinhos aos que o exército tinha há 35 anos atrás. Quatro viaturas, que seguiam lentamente na via da direita. à esquerda, a ultrapassá-los muito demoradamente, meia dúzia de civis (curiosos, claro).

O motivo não era para menos. É que para além do desfile das viaturas, que pareciam ter saído de um museu (ou do filme da M. Medeiros), cada uma ainda exibia o seu soldado de Abril, com metade do corpo de fora, a outra metade enfiada na guarita, com um penico verde na cabeça. E lá seguiam eles todos felizes, com o vento a bater-lhes nas trombas. Digno de ser fotografado como momento do dia. Fiquei maravilhada. Adoro fardas, soldados de Abril, o Salgueiro Maia (que devia seguir dentro de um deles...)...