É preciso é balanço

Após o fecho da minha revista acontece sempre uma espécie de catarse; um fenómeno de purificação emocional: invade-me uma euforia, fruto provavelmente da descompressão e relaxamento, tanto físicos como psicológicos. É algo que pode durar horas, como dias, e é seguido por um vazio natural (claro, está na hora de recomeçar tudo de novo, mais uma planificação da próxima edição, alguma pesquisa para saber qual a primeira "ponta" a "puxar" e depois acontece o "click" e é fabuloso ver nascer novamente algo de novo e "nosso"!).

Mas vamos com calma... Fechou hoje mais uma edição e eu não quero perder pitada de mais uma dessas minhas catarses, como lhe chamei, pessoais e intransmissíveis.
A primeira coisa que me dá para fazer é - naturalmente - ir às compras (é mesmo só coisa de gaja?). Neste plano estou a atravessar a fase dos cosméticos - depois dos geles de banho hidratantes, relaxantes, aromoterapêuticos ou com algas; dos vernizes de unhas em várias tonalidades de vermelhos e castanhos, preto, cor de vinho, com ou sem brilhantes e efeito perolizado; dos cremes corporais adelgaçantes, reafirmantes, anti-casca de laranja, anti-estrias, enfim, também bem cheirosos e hidratantes; agora estou na fase dos dentífricos branqueadores e abrilhantadores que não enfraqueçam a placa dos dentes, que limpem impecavelmente e prolonguem essa sensação... Enfim, a menina preocupa-se cada vez mais com a sua imagem...

Mas isto não é só embalagem. Estes primeiros dias após o fecho vão possibilitar-me voltar às leituras, às telas e pinceis, à fotografia, às caminhadas pelo vale do Homem, a alguns eventos culturais que aguardam a minha visita e até possibilitar a tão ansiada inscrição no belo complexo desportivo aqui da zona em qualquer coisa como Body Balance...